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Telemedicina Torna a Saúde Mais Acessível.

Telemedicina Torna a Saúde Mais Acessível.

O atendimento via telemedicina é uma das principais frentes de inovação médica no mundo. Impulsionado pelas exigências de distanciamento da covid-19, este modelo de assistência tem avançado muito e, tudo indica, chegou para ficar. No entanto, consultas presenciais com um especialista seguem e vão continuar sendo essenciais. Quais são os desafios que este cenário impõe para a qualidade da saúde, acessibilidade, democratização e eficiência do cuidado?

Hoje, o desafio de sistemas de saúde como o Norden é não confundir sua principal prioridade: entregar o melhor cuidado à saúde de seus pacientes. Novas tecnologias só são importantes quando se mostram úteis para atingir esse objetivo.

No caso da telessaúde, a melhor a orquestração do cuidado entre o ambiente físico e o digital traz benefícios à assistência médica. Diminui a distância entre pacientes que vivem longe de hospitais e outras unidades de saúde. Para populações rurais e isoladas, por exemplo, democratiza o acesso a especialidades médicas como oncologia, neurologia e outras, mais fáceis de encontrar em grandes centros urbanos.

Além disso, a telemedicina elimina o risco de exposição ao ambiente hospitalar quando não há necessidade, um benefício importante para quem já tem a saúde fragilizada e está mais suscetível a infecções e outros patógenos.

Se o atendimento remoto é feito com zelo (e vamos falar sobre isso mais adiante), ele representa ainda economia em tempo e dinheiro. Menos deslocamentos até a unidade hospitalar são uma vantagem para quem busca acolhimento e orientação do lugar mais confortável que existe: a própria casa.

Mas a telemedicina também não é o remédio para todos os males, claro. É preciso muita responsabilidade para incorporar seus benefícios à jornada do paciente sem prejudicar a qualidade do atendimento e a assistência à saúde.

Nossas atividades cotidianas já estão intimamente ligadas à esfera digital, seja no trabalho, na escola, no mercado, no banco. São inúmeras tarefas que podem ser realizadas por meio de sites e aplicativos. Muitas delas são mais eficientes hoje do que eram 30 anos atrás — outras, nem tanto. É natural que nesse período passem por melhorias contínuas. E continuem a fazê-lo enquanto nossos hábitos de vida evoluem, moldam e são moldados por essas plataformas virtuais.

A medicina da mesma forma começou a oferecer as atividades de saúde à distância, por meio de sistemas digitais. E estas se mostram cada vez mais fundamentais no dia-a-dia de pacientes e profissionais da saúde.

Vamos juntos entender um pouco melhor como a telemedicina pode, junto a outras tecnologias de monitoramento à distância, revolucionar o acesso à saúde de qualidade para milhares de brasileiros.

Introdução à Telemedicina

Serviços de atendimento à distância, que poderiam ser resumidos pelo termo telessaúde, já existem e são regulamentados, com maior ou menor grau de restrição, em diversos países do mundo. Alguns deles há décadas. Apesar de já ter percorrido um longo caminho, a regulamentação da telemedicina no Brasil ainda é um trabalho em progresso. E isso ocorre justamente quando a segurança de pacientes e prestadores de serviço atinge um grau inédito com novas tecnologias para monitoramento remoto criadas apenas nos últimos anos.

O que chamamos hoje de telemedicina teve início na década de 1950, quando alguns sistemas de saúde começaram a buscar formas de compartilhar informações e imagens via telefone. Um dos primeiros casos de sucesso foi na Pensilvânia, estado da costa leste dos Estados Unidos, quando conseguiram transmitir imagens radiológicas por telefone.

No início, a telemedicina era usada para conectar um médico local a um especialista em outro lugar e obter orientações adicionais para o paciente, o que ficou convencionado como segunda opinião. Foi um grande avanço para a população rural ou com dificuldades de acesso rápido a atendimento especializado de saúde.

Com a chegada da internet as práticas de telemedicina se tornaram mais complexas. Dispositivos inteligentes e transmissões de vídeo de alta qualidade permitiram fornecer assistência remota a pacientes em suas casas, locais de trabalho e como alternativa às visitas presenciais ao médico.

A telemedicina, como muitas novas tecnologias, não tem uma definição oficialmente estabelecida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) a define como "a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde, nos casos em que a distância é um fator crítico. [...] São providos por profissionais da área de saúde, usando tecnologias de informação e de comunicação para o intercâmbio de informações válidas para diagnósticos, prevenção e tratamento de doenças".

Ainda segundo OMS, este intercâmbio de informações usando tecnologias digitais, como conferências e conexão à Internet, deve trabalhar também pela educação de provedores, para fins de pesquisa e avaliações. "O objetivo principal é melhorar a saúde das pessoas e de suas comunidades”, completa a instituição.

A telemedicina x telessaúde

Embora muitos usem telemedicina e telessaúde como sinônimos, há uma diferença entre os termos.

O termo telessaúde inclui toda tecnologia e serviços para fornecer assistência ao paciente e assistir ao sistema de saúde como um todo. É diferente da telemedicina, pois se refere a um escopo mais amplo de serviços remotos, que neste caso podem incluir psicologia, enfermagem, nutrição, terapia ocupacional e outros.

A telemedicina é parte de um ecossistema maior, chamado telessaúde. Ela se refere especificamente a atividades clínicas remotas e diretamente relacionadas com a prática médica. Já a telessaúde engloba serviços remotos não clínicos, como treinamento de provedores, reuniões administrativas e educação médica continuada, além dos serviços clínicos já mencionados. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a telessaúde inclui “funções de vigilância, promoção da saúde e saúde pública”.

Benefícios da Telemedicina

Cuidadora ajuda paciente em home care.

O uso da telemedicina beneficia tanto a saúde quanto a conveniência. Embora ainda expressem preocupações em manter a qualidade da assistência ao paciente, independente da tecnologia do momento, muitos médicos e sistemas de saúde já aderiram a esse formato de atendimento.

Melhorias na tecnologia tornaram a telemedicina mais acessível. Mais do que isso, tornaram a medicina de qualidade mais acessível a mais pessoas. Mesmo para médicos e pacientes que não se consideram muito tecnológicos, as interfaces e plataformas que permitem esse relacionamento estão cada vez mais fáceis de usar. E eficientes.

Veja alguns dos benefícios que essa inovação traz:

Conforto e conveniência

Com a telemedicina, não é necessário ir sempre a um consultório ou clínica médica. Quando não for necessário, não faz sentido esperar em uma sala enquanto estiver doente. O atendimento é feito no conforto da própria casa, em alguns casos sem necessidade de agendamento prévio.

Se ausentar do trabalho para passar em uma consulta deixa de ser uma obrigação sempre. Para aqueles que têm filhos, por exemplo, não é mais necessário providenciar cuidados para crianças ou expô-las ao ambiente hospitalar por não ter com quem deixá-las durante o atendimento.

No setor da saúde, há muitos anos se discute uma forma de educar melhor as pessoas sobre qual o momento ou contexto apropriado para dirigir-se a um Pronto Atendimento 24h ou Pronto Socorro. Enquanto soa paternalista o desejo de ensinar a população o que ela deve ou não considerar um motivo para buscar atendimento, não deixa de ser verdade que todos nós já fomos a um hospital porque estávamos mais preocupados do que realmente vivendo uma emergência médica.

Nada mais justo do que buscarmos acolhimento e cuidado em um momento de incertezas com a nossa saúde. Ou a de um ente querido. No entanto, não é raro descobrirmos depois que a visita ao PA 24 horas não era tão urgente assim.

De fato, saber o momento certo de buscar atendimento em um hospital não é uma ciência exata. A imensa complexidade do corpo humano não permite que seja. Mas na grande maioria dos casos, a segunda pessoa mais indicada para fazer esse julgamento — junto com o paciente — é um médico. Por isso, conseguir ouvir a opinião de um especialista antes de decidir por sair de casa torna-se uma ferramenta valiosa para toda a família.

Quando esse primeiro contato com um especialista, ainda em casa, tornar-se um hábito, a tendência é que apenas para casos mais graves e urgentes haverá necessidade da presença física em um hospital. Por formação, um bom médico é sempre cauteloso e detalhista. Na dúvida sempre irá pelo que é mais seguro para o paciente. Seja locomover-se até o atendimento presencial, ou permanecer em casa e seguir as orientações de tratamento.

Proteção adicional a doenças infecciosas

Após dois anos de pandemia, todos sabemos que o ambiente hospitalar está sujeito à propagação da covid-19, gripe e outras doenças infecciosas.

Com a telemedicina, médicos e outros provedores de saúde conseguem realizar uma pré-triagem (também chamada teletriagem) para garantir que as visitas ao hospital sejam realmente necessárias.

Isso pode evitar que pessoas doentes se locomovam sem necessidade, garantindo menor exposição aos patógenos comumente presentes no ambiente hospitalar — por mais que sejam limpos. E por fim, criam uma proteção a mais àqueles com doenças crônicas, grávidas, idosos e pessoas com a imunidade comprometida.

Os efeitos de seu ambiente na saúde

Não é sempre que um médico vai até nossa casa para uma consulta. Curiosamente, há diversas pistas em nosso ambiente doméstico que ajudam a diagnosticar problemas de saúde.

Um exemplo: mesmo não estando fisicamente presente, alergistas podem identificar nas imagens da casa do paciente substâncias e itens do entorno que causam alergias. Neurologistas, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais podem observar e avaliar a capacidade de navegar e cuidar de si mesmo em sua própria casa. A telemedicina também tem sido usada com sucesso para obter avaliação e aconselhamento de saúde mental.

Conexões Familiares

Em uma consulta é sempre bom termos acompanhantes para nos ajudar com informações, tirar dúvidas e anotar as respostas do médico. Se essa pessoa não está ao lado do paciente no momento, as plataformas de telemedicina permitem incluí-lo na visita virtual, estando o acompanhante no trabalho ou no outro lado do planeta.

Home Care

Os serviços de atendimento domiciliar, chamados também de home care, vêm crescendo muito nos últimos anos. Não à toa. Receber o melhor cuidado no melhor lugar do mundo — nossa própria casa — é uma ideia e tanto.

Além disso, de acordo com as tendências demográficas, a população sénior — de 60 anos ou mais — está aumentando. Além da possível mobilidade reduzida, as dificuldades de transporte nas grandes cidades, a escassez de leitos hospitalares tornam o atendimento domiciliar uma solução atrativa tanto do ponto de vista do paciente quanto do sistema de saúde.

Com o avanço da tecnologia que torna a telemedicina mais eficiente e resolutiva, o acompanhamento remoto e contínuo desses pacientes torna-se uma realidade. Assim, temos leitos disponíveis para casos graves, acompanhamento multidisciplinar à distância e presencial, conforto, segurança e infraestrutura para o cuidado dentro de casa.

Telemedicina no Norden

Médico atende por telemedicina no Norden Hospital de São Carlos

O Norden oferece serviços de telemedicina em todos os locais onde atua.

Atualmente, o sistema está realizando um projeto piloto com uma importante rede de farmácias de São Carlos. Por meio da telemedicina, clientes podem acessar de casa consultas com clínicos disponíveis 24 horas. É possível, ainda, agendar junto ao farmacêutico consultas remotas ou presenciais com especialistas.

Beneficiários do Norden Plano de Saúde e outros usuários do Norden Hospital também podem realizar consultas eletivas no formato de telemedicina. Em breve, também será ampliado a todos o acesso ao Pronto Atendimento 24 horas via conferência virtual.

Por conta da complexidade da infraestrutura tecnológica para atendimento médico remoto, o Norden se uniu a uma das empresas mais inovadoras do setor no Brasil, a Wisecare.

Sediada no Rio de Janeiro, a empresa tem como missão auxiliar os profissionais de saúde em suas jornadas de teleatendimento, com plataformas seguras para consultas por vídeo, registros de saúde, emissão de receitas em um ecossistema pautado em uma base de dados com alta escalabilidade.

Ao contrário de soluções gerais de conferência online como Zoom, Google Meet e WhatsApp, o sistema usado na parceria entre o Norden e a Wisecare foi criado exclusivamente para o atendimento assistencial e é um dos mais preparados do Brasil para assegurar a integridade dos dados gerados em telemedicina. É mais seguro para os médicos e, não menos importante, para os pacientes.

Juntos, Norden e Wisecare seguem focados em evoluir a experiência e a qualidade do atendimento para que a telemedicina seja uma alternativa importante na entrega do cuidado e acesso à saúde dos beneficiários.

Um exemplo claro desse foco é o fato de a Wisecare ser a primeira empresa global a lançar um sistema de videoconferência para teleatendimentos com tradução em tempo real do português para LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Seja com intérpretes humanos ou automatizado por inteligência artificial, o sistema permite incluir entre seus usuários milhões de pessoas com deficiência auditiva que antes estavam excluídas dessa evolução da medicina.

E a inovação não vai parar por ai, claro. Em outros artigos, vamos falar sobre essa e outras ações que vão ampliar ainda mais o acesso da nossa comunidade à saúde de excelência. Até lá, para saber mais sobre telessaúde no Norden, fale com a equipe pelo email ou WhatsApp.

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