Como prevenir o câncer de próstata.
Equipe NSaúde
9 de nov. de 2022 - Leitura de
6 min
A prevenção e o tratamento precoce, se necessário, são as maiores armas para enfrentar o câncer de próstata, que é o segundo câncer mais comum entre os homens brasileiros.
De acordo com estatísticas compartilhadas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2020 houve mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata, correspondendo a 29,2% dos tumores incidentes no sexo masculino. O número de mortes registrado foi de mais de 15 mil, o que coloca a doença em níveis altos de mortalidade.
Analisando tais dados, é possível entender a preocupação gerada pelo câncer de próstata, tanto pela sociedade quanto pelos órgãos governamentais. Por isso, anualmente, o Novembro Azul, mês mundial de combate à doença, é amplamente divulgado e recebe o apoio de diversas mídias e meios de comunicação.
Mas, afinal, o que é a próstata?
Para entender como prevenir o câncer de próstata, é preciso compreender o principal órgão afetado pela doença.
A próstata é uma glândula localizada na região inferior do abdômen e à frente do reto, sendo um órgão exclusivo do sistema genital masculino.
Envolvendo a porção inicial da uretra, tubo que elimina a urina armazenada na bexiga, a próstata é responsável por produzir parte do sêmen, líquido espesso que abriga os espermatozoides liberados durante os atos sexuais. Apesar do seu tamanho variar com a idade, ela costuma ter dimensões pequenas e a sua forma lembra uma maçã.
A próstata é constituída por fibras musculares e tecidos glandulares e conjuntivos/fibrosos, dividindo-se em quatro zonas principais: periférica, central, de transição e estroma fibromuscular anterior. Garantir um bom metabolismo hormonal e fluxo urinário também fazem parte das suas funções no corpo.
O que é o câncer de próstata e quais são os seus fatores de risco
Ficar por dentro de alguns conceitos sobre o câncer de próstrata nos ajuda a compreender como prevenir a doença. Aliás, é importante frisar que o aumento de casos no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos de diagnósticos.
A melhoria na qualidade e o aumento da expectativa de vida dos brasileiros também são pontos que devem ser considerados, já que 75% dos casos ocorrem a partir dos 65 anos, de acordo com dados divulgados pelo INCA, no portal do Ministério da Saúde.
O câncer de próstata se dá na aparição de tumores que podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e, em alguns casos, levando o paciente à morte. Porém, a grande maioria dos tumores crescem de forma gradual e lenta, levando cerca de 15 anos para chegarem a 1 cm³, limitando seu risco à vida dos homens.
Os fatores de risco mais comuns para o desenvolvimento de um câncer de próstata são:
- Idade: a mortalidade aumenta significativamente após os 50 anos.
- Hereditariedade: homens na família que apresentam a doença antes dos 60 anos.
- Estilo de vida: hábitos alimentares desregulados e excesso de gordura corporal aumentam o risco da doença em seu nível avançado.
- Exposição a substâncias: aminas aromáticas, arsênio, agrotóxicos, produtos de petróleo, motor de escape de veículo e fuligem são alguns exemplos.
Sintomas do câncer de próstata
Na sua fase inicial, os sintomas de câncer de próstata são silenciosos. Em cerca de 95% dos tumores, os sinais só começam a aparecer quando a doença já está em sua fase avançada, o que dificulta o tratamento. Por isso, é vital identificá-la antes que a sua evolução seja irrecuperável.
Sintomas comumente apresentados na fase inicial:
- Dificuldade de urinar
- Aumento da frequência urinária
Sintomas comumente apresentados na fase avançada:
- Dores ósseas
- Presença de sangue na urina e/ou no sêmen
- Infecção generalizada
- Insuficiência renal
Detecção precoce e diagnóstico do câncer de próstata
O rastreio de tumores em sua fase inicial é um fator vital para as estratégias de como prevenir o câncer de próstata e, também, possibilitar um tratamento mais eficaz e bem sucedido. A detecção precoce pode ser feita através de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos.
No caso do câncer de próstata, as frentes de detecção mais comuns e eficientes são o exame de toque retal e o exame de sangue de dosagem do PSA (antígeno prostático específico).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a periodicidade do exame de próstata é variável e deve seguir as determinações de um urologista de confiança do paciente, mas, na maioria das vezes, ele acontece anualmente a partir da idade em que há a recomendação.
“É aconselhada a realização do PSA e do exame de toque retal a partir dos 40 anos para pacientes com fator genético relevante e a partir dos 45 para o restante, principalmente aqueles dentro do grupo de risco”, afirma o Dr. Carlos Eduardo Garcia Westin, urologista no Norden Hospital.
Quanto ao diagnóstico do câncer de próstata, a biópsia prostática por via transretal ou transperineal, guiada por ultrassonografia e/ou ressonância magnética, é a mais recomendada, dependendo da análise médica do toque retal ou dos valores de PSA obtidos previamente.
Tratamento para o câncer de próstata
O tratamento para câncer de próstata pode variar de acordo com os níveis de avanço da doença. Em casos de tumores localizados, ou seja, aqueles que não se espalharam para outras regiões, é possível tratar por meio de cirurgia, radioterapia e, até mesmo, somente por observação vigilante, em algumas situações específicas.
“Simplificadamente, podemos classificar o câncer de próstrata em localizado ou metastático”, continua o Dr. Westin. “No caso da localizada, os principais tratamentos são a cirurgia e a radioterapia. Doenças de muito baixo risco podem até mesmo não necessitar de tratamento imediato e fazemos a chamada ‘vigilância ativaʼ para verificar se o tumor evolui com o tempo. Já as doenças de alto risco podem necessitar de tratamento complementar como o bloqueio da testosterona”.
Em casos de cânceres metastáticos, quando os tumores se espalham para outras partes do corpo, a terapia hormonal e até mesmo a quimioterapia são os tratamentos mais eficazes.
É importante reafirmar que cada caso é único, então a escolha do tratamento mais adequado deve partir do urologista que acompanha o caso de perto. Médico e paciente devem discutir os riscos e benefícios de cada um, considerando as estratégias para detecção precoce do câncer de próstata.
Novembro Azul: o mês mundial de combate ao câncer de próstata
Tudo começou em 2003, na Austrália, quando surgiu a ideia de criar uma campanha de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças que atingiam a população masculina. Assim, iniciou-se o primeiro Novembro Azul, com o objetivo de divulgar ações importantes para que os homens cuidassem de sua saúde.
No Brasil, pouco a pouco, a campanha foi recebendo grande aceitação pela população e pelos veículos de mídia, em harmonia com a decisão do Ministério da Saúde de se colocar favorável à abordagem integral da saúde dos homens, principalmente em relação ao câncer de próstata.
Em 2015, o Ministério da Saúde e o INCA editaram a nota técnica de integralidade da saúde dos homens no contexto do Novembro Azul, indicando a capacitação de profissionais para esclarecimento e atendimento básico à população masculina, referente ao câncer de próstata.
O INCA também produziu uma série de materiais educativos com todas as informações necessárias para que a população pudesse entender mais acerca da doença, como a cartilha de incentivo à conversa com profissionais de saúde “Câncer de próstata: vamos falar sobre isso?” e o vídeo de alerta “Saúde do homem”, por exemplo.
Norden: um parceiro do Novembro Azul
O Norden, sistema de saúde integrado que oferece planos com benefícios personalizados para pessoas e empresas, se posiciona anualmente para divulgar o Novembro Azul, destacando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata.
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