Normal é envelhecer sem catarata. Saiba como reduzir o risco e tratar.
Equipe NSaúde
6 de jul. de 2021 - Leitura de
3 min
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira reversível no mundo.
A expectativa de vida da população mundial está aumentando. Portanto, o número de pessoas com catarata tende a crescer.
Mas, quais os sintomas e como tratar? Conheça mais sobre essa condição neste guia sobre a catarata:
O que é?
A catarata é uma alteração nos olhos causada, principalmente, pelo envelhecimento.
A doença torna a visão enevoada, impedindo que os raios de luz atravessem e alcancem a retina para formar a imagem.
Essa alteração torna opaco o cristalino, que é a lente natural dos nossos olhos, localizado atrás da pupila.
O desenvolvimento da lesão é lento e geralmente afeta os dois olhos. As pessoas que têm catarata ficam com a visão embaçada, como se tivesse uma névoa fixa nos olhos.
Como funciona?
A principal causa da catarata é o envelhecimento natural do cristalino, ocorre geralmente em pessoas com mais de 60 anos e corresponde a cerca de 85% de todos os casos da doença.
É possível também que ela seja congênita (presente já no nascimento), em razão de problemas genéticos ou por que as mães tiveram rubéola, sífilis ou toxoplasmose no primeiro trimestre de gestação.
Veja outros fatores que podem causar ou agravar cataratas. Controlando, é possível reduzir os riscos:
- Uso prolongado de alguns medicamentos, como os corticoides;
- Uso sistemático e sem indicação médica de colírios;
- Inflamações intraoculares;
- Traumas, como socos ou batidas fortes na região dos olhos;
- Excesso de radiação;
- Doenças nos olhos, como o deslocamento da retina;
- Diabetes.
Você sabia que existem vários tipos de catarata?
Os tipos mais comuns são aqueles que acometem pessoas idosas.
- Catarata senil: ocorre com o envelhecimento natural do cristalino.
- Catarata cortical: é um tipo que aparece na forma de ‘cunha’ em volta das extremidades do núcleo ocular.
- Catarata nuclear: se forma no centro da lente e torna o olho opaco e turvo, com uma coloração amarela ou castanha.
- Catarata subcapsular posterior: forma-se mais rápido que os dois tipos anteriores e afeta a parte de trás da lente.
Outros tipos, mais raros, podem atingir também pessoas mais novas:
- Catarata congênita: tipo mais raro e nem sempre apresenta sintomas. Está presente no nascimento ou se forma no primeiro ano de vida da criança.
- Catarata traumática: é desenvolvida após uma lesão no olho e pode levar anos até o surgimento.
- Catarata secundária: é um tipo causado por uso de alguns medicamentos ou por problemas de saúde. As doenças que causam a catarata secundária podem incluir o glaucoma e a diabetes.
Qual a importância?
A catarata causa a perda da capacidade de ler ou dirigir, de diferenciar as cores e, objetos ao redor, perdem a nitidez. Ficar com a visão embaçada, além de ser uma sensação ruim, prejudica a autonomia do indivíduo, afetando muito a sua qualidade de vida.
No início, a condição pode passar despercebida, gerando apenas leves distorções visuais. Mas se não for tratada, pode piorar e levar à cegueira.
A catarata, no entanto, tem cura, principalmente se for diagnosticada e tratada o quanto antes. Mas algumas pessoas relacionam o problema na visão com algo normal no processo de envelhecer, e, infelizmente, acabam postergando a visita ao médico e o tratamento.
Envelhecer com catarata não é normal.
O diagnóstico de catarata envolve o histórico médico do paciente, a análise dos sintomas relatados e exames oftalmológicos. Os principais exames são:
- Teste de acuidade visual;
- Exame de lâmpada de fenda;
- Exame de retina;
- Oftalmoscopia;
- Tonometria.
Ao longo da vida, exames oftalmológicos de rotina já podem encontrar sinais precoces de problemas de visão, incluindo catarata. Em um exame mais minucioso, é possível verificar se o cristalino possui alguma lesão, como a pupila esbranquiçada.
Qual médico devo consultar?
O especialista mais indicado para diagnosticar e tratar catarata é o oftalmologista. Por meio do histórico do paciente, exames e análises, o médico irá confirmar ou não a condição e, quando necessário, iniciar o tratamento.
Quais os tratamentos?
O único tratamento para catarata é o cirúrgico. A cirurgia é simples, rápida e feita sob anestesia local. Durante o procedimento, o cristalino danificado é substituído por uma lente artificial que recupera a função perdida.
Todos os casos são sempre avaliados antes de se realizar a cirurgia. Entretanto, o método usual é por meio de laser e facoemulsificação, uma técnica que oferece a vantagem de exigir corte menor e, em geral, sem suturas.
A cirurgia de catarata não necessita de internação e o paciente tem alta logo após o procedimento, podendo voltar para sua casa. Após a cirurgia o médico colocará um tampão para proteção, além de receitar colírios.
Nota
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