Câncer de mama: quais os tipos e tratamentos?
Equipe NSaúde
1 de out. de 2021 - Leitura de
4 min
O câncer de mama é o tumor mais comum entre as mulheres. O assunto causa preocupação e tensão, mas as taxas de sucesso na cura, principalmente quando identificado precocemente, são motivos para otimismo. Por isso, é importante entender mais sobre os tipos de câncer de mama, seus sintomas e tratamentos.
Segundo o mastologista Dr. Fabio Augusto Arruda de Oliveira, como o câncer de mama pode se apresentar de diversas maneiras, a classificação auxilia para que cada paciente tenha uma estratégia de tratamento adequada para o seu caso.
Cada tumor tem uma característica diferente. Por meio da biópsia, exames laboratoriais e avaliações é identificado o seu tipo, local de origem e, assim, é determinado o curso de cuidado mais adequado para iniciar o tratamento.
Conheça os tipos de câncer de mama
O desenvolvimento do câncer nas mamas pode ocorrer no canal ou nas glândulas produtoras de leite, nos mamilos, entre outros. Um dos pontos mais importantes para entender o câncer é detectar se ele foi espalhado para outras partes ou não. Caso ele tenha sido espalhado, chamamos de invasivo .
Vamos explicar brevemente cada tipo. Os nomes podem ser complicados, mas lembre-se: o que importa são as características.
Carcinoma ductal invasivo
Tipo de câncer de mama mais comum. Ele começa no canal de passagem de leite e, no estágio mais avançado, espalha-se dentro do tecido adiposo, local onde fica armazenada a gordura dos seios.
Quanto mais cedo é detectado, melhores são os resultados. Entretanto, se não for descoberto e tratado, espalha-se na forma de metástase. Ou seja, formando novas células cancerosas e levando para vários outros locais do organismo, ficando mais difícil de tratar.
Carcinoma Ductal in Situ
Câncer em estágio inicial localizado no interior dos canais, ou seja, ainda não se espalharam. As chances do seu desenvolvimento e de se espalhar para tecidos e outros órgãos pelo corpo são bem pequenas.
Carcinoma lobular in situ :
O segundo tipo mais comum. As células cancerígenas começam a crescer dentro das glândulas responsáveis pela produção de leite. É menos agressivo e mais fácil de ser tratado.
Carcinoma Lobular invasivo
Um dos tipos mais difíceis de serem descobertos, geralmente, se instala nos lóbulos mamários dos dois seios. As chances de se desenvolver nos tecidos ao redor do ponto de início e se espalhar pelo organismo são muito altas.
Doença de Paget:
Esse é o tipo mais raro de câncer de mama. Ele se desenvolve na região das auréolas e mamilos. A pele fica vermelha e inflamada, formando uma espécie de crosta.
Quais os principais sintomas do câncer de mama?
Na maioria dos casos, o câncer de mama pode ser identificado em fases iniciais por meio dos seguintes sinais e sintomas:
- Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher por meio do auto-exame;
- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
- Alterações no bico do peito (mamilo);
- Alteração na assimetria da mama;
- Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço;
- Saída espontânea de líquido pelos mamilos, como secreção transparente, rosada ou avermelhada.
Grupos de Risco
Algumas pessoas têm mais chances de desenvolver o câncer de mama, mulheres nestes grupos de risco devem visitar regularmente um mastologista e, caso tenham menos de 50 anos e nenhum histórico pessoal de câncer, ficarem atentas hora para iniciar o rastreamento:
Veja quem precisa fazer o rastreamento:
- Mulheres com mais de 50 anos
- Qualquer pessoa com caso anterior de câncer de mama.
- Já ter identificado um nódulo nas mamas ou axilas
No entanto, se a mulher está em um ou mais dos grupos abaixo, é importante manter regularidade no encontro com o médico:
- Histórico de câncer de mama entre familiares de primeiro grau, como mãe, irmã ou filha.
- Mama densa
- Obesidade ou excesso de peso corporal
- Ter engravidado acima dos 30 anos
- Falta de atividade física
- Não ter amamentado
- Uso de hormônios em excesso (anticoncepcionais) ou terapia longa de reposição hormonal
Alguns dos fatores acima são modificáveis, ou seja, uma mulher que hoje está dentro de um grupo de risco pode diminuir seu risco começando novos hábitos ou mesmo iniciando uma família.
Mais informações sobre o combate ao câncer de mama durante a pandemia você pode encontrar no site da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.
Quais são os tratamentos disponíveis para o câncer de mama?
Os principais tratamentos disponíveis contra o câncer de mama são:
Cirurgia: indicada para os casos em que o câncer ainda não se espalhou. Consiste na remoção do tumor, podendo afetar parte ou a mama inteira. Neste caso, a mulher poderá fazer uma reconstrução mamária. Por meio da cirurgia é possível diagnosticar se o câncer se espalhou para outros tecidos. A cirurgia também ajuda a aliviar os sintomas em estágio mais avançado da doença.
Radioterapia: indicada para quem já fez a retirada cirúrgica do tumor. É a aplicação da radiação ionizante na região da mama afetada com um aparelho que lembra o raio-X. O paciente não sente dor. Nos últimos dois anos, uma nova tecnologia tem sido aplicada, chamada hipofracionamento, que diminui a quantidade de aplicações de radioterapia de 30 para até 5, sem colocar a vida em risco.
Tratamentos sistêmicos: são utilizados medicamentos via oral ou na veia para atingir as células cancerígenas que formam o tumor em qualquer região do corpo. Podendo interromper ou diminuir o crescimento dessas células. Exemplos: quimioterapia, terapia hormonal e terapia alvo.
Lembretes importantes
As mulheres devem manter os exames ginecológicos em dia, pois o autoexame é uma prática de autoconhecimento sobre o corpo, mas não substitui os exames de detecção precoce.
É importante que as pessoas conheçam seu próprio corpo para identificar qualquer alteração suspeita nas mamas. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, menores são as chances de complicações.
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[Atualizado em 16/10/2021]