A Jornada da Gestação: o que Esperar em Cada Fase da Maternidade
Equipe NSaúde
5 de mar. de 2025 - Leitura de
6 min
A maternidade é uma experiência única e transformadora. É um período marcado por intensas emoções, da alegria à expectativa, da ansiedade à pressão. Mas, acima de tudo, é uma jornada de amor incondicional e aprendizado constante.
A partir do instante em que se descobre grávida, a mulher passa por uma jornada de transformações físicas e emocionais que redefine sua vida. O corpo começa a mudar, os hormônios afloram e um turbilhão de pensamentos tendem a invadir a mente. Como será essa experiência? Como estar pronta para esse papel?
A gravidez é um período de profundas mudanças, dividido em três trimestres, cada um com desafios e descobertas. No primeiro trimestre (0 a 12 semanas), o corpo se adapta à nova vida que cresce dentro dele.
Enjoos, cansaço e alterações hormonais são comuns. Por essa e outras razões, o pré-natal deve ser iniciado o mais cedo possível. Esse cuidado é essencial para a saúde da mãe e do bebê.
Durante a gestação, o apoio do pai é importante, especialmente ao acompanhar consultas, oferecer segurança emocional e, francamente, ser útil sempre que necessário.
Primeiro Trimestre (0 a 12 semanas):

O atraso menstrual é o sinal mais claro de que a gravidez chegou. Para buscar a confirmação médica, a mãe pode realizar o teste rápido — disponível em qualquer farmácia —, mas o padrão é um exame Beta hCG. Com o resultado positivo, chega o primeiro momento em que alegria, ansiedade e apreensão se misturam durante a jornada da gestação.
Antes mesmo do corpo começar a se transformar, a futura mãe já pode experimentar enjoos, cansaço e alterações hormonais. Alimentação saudável, exercícios leves e abandono de hábitos nocivos, como o uso de tabaco, álcool e qualquer outra droga, torna-se prioridade.
É aqui que inicia o pré-natal, o acompanhamento médico regular criado para cuidar da saúde da gestante e do bebê da descoberta ao parto. É fundamental para a saúde do bebê e de quem está gerando, pois envolve consultas regulares, exames e vacinação que garantem a normalidade da gestação ou identificam precocemente qualquer condição anormal.
A primeira consulta de pré-natal deve ser realizada o mais cedo possível, preferencialmente até a 12ª semana de gestação. Nessa consulta, o médico calcula a idade gestacional, solicita exames e fornece orientações sobre alimentação, hábitos saudáveis e cuidados gerais.
É também nesse período que é realizado o primeiro ultrassom morfológico. Esse exame de imagem é importante para informar profissionais de saúde e pais sobre diversos aspectos fisiológicos do bebê e da gestante. Entre eles:
- Tamanho do bebê
- Batimentos cardíacos
- Formação dos órgãos
- Rastreio de doenças genéticas
- Avaliação do padrão de crescimento do bebê
- Rastreio de malformações fetais
- Rastreio da pré-eclâmpsia
Nos casos em que a mãe ainda não tenha realizado o exame de sexagem fetal, nesse momento é possível também ter uma ideia do sexo do bebê. Recomenda-se, no entanto, segurar investimentos em roupas e decorações de gênero masculino ou feminino até mais adiante, quando essa informação fica mais clara para os ultrassonografistas.
Segundo Trimestre (13 a 27 semanas):
Os enjoos diminuem e a disposição aumenta. A barriga cresce e o bebê se movimenta.
Com mães e bebês bem acompanhados por uma equipe médica, o início do segundo trimestre pode ser o momento perfeito para contar aos amigos sobre a novidade, definir nomes e planejar de fato o futuro da família. Não que antes essas ações não sejam importantes, mas é a partir daqui que a nova vida em gestação se faz a cada dia mais presente e prioritária na vida dos pais.
Dores nas costas, inchaço nas pernas e alterações no sono podem surgir. Yoga e meditação são importantes para o bem-estar emocional. O pai pode ajudar proporcionando conforto, auxiliando nas tarefas diárias e oferecendo momentos de descanso.
Entre a 20ª e a 24ª semana, o segundo ultrassom morfológico irá indicar o progresso da gestação e definir os próximos passos.
No geral, esse é período em que as mães relatam menos dificuldades em conciliar a gestação com outras atividades do cotidiano que realizavam antes da gravidez.
Terceiro Trimestre (28 a 40 semanas)

A barriga cresce cada vez mais e o bebê ganha peso. Dificuldades de locomoção e cansaço podem surgir. Isso indica que a grande hora está mais perto do que nunca.
Com um pré-natal bem feito, é tempo de se preparar para o tipo de parto decidido pela mãe em conjunto com o pai e profissionais especialistas.
O parto normal é a forma mais recomendada, por envolver menos riscos à parturiente. Por se tratar de um procedimento cirúrgico, a cesariana naturalmente é um tipo de parto mais complexo, indicado somente em algumas situações específicas, como alterações na pressão arterial e posicionamento do bebê no ventre, por exemplo. A recuperação pós-parto também pode ser mais demorada. Apesar disso, muitos optam pela cesária por permitir maior liberdade na escolha da hora e do dia do parto.
De qualquer forma, a escolha entre os dois tipos de parto deve ser feita pela mãe, quando estiver suficientemente orientada por profissional qualificado de saúde sobre os riscos e benefícios de cada um. O importante é que tudo corra bem.
Já a decisão sobre qual médico fará o parto — independente do tipo escolhido — pode variar de acordo com as necessidades e preferências de cada gestante e pai.
Alguns optam por contratar de forma particular um profissional específico, que ficará à disposição para realizar o procedimento assim que a mãe estiver pronta para parir. Enquanto outros contarão com o suporte da equipe especializada em obstetrícia presente no hospital no momento do parto. Independentemente da escolha, o mais importante é que mãe e bebê recebam o cuidado necessário para que esse momento aconteça com segurança e tranquilidade.
O Grande Dia: O Parto

À medida que o terceiro trimestre avança, o corpo se prepara para o momento do parto. O bebê se encaixa na pelve, a barriga pode “descer” e contrações Braxton Hicks (falsas contrações) podem começar a ocorrer.
Está chegando uma hora de grande intensidade física e emocional. É importante estar atenta aos sinais do trabalho de parto, como contrações regulares e ritmadas, que aumentam em intensidade e frequência.
Quando identificar contrações de 60 segundos a cada 5 minutos, por exemplo, a mãe, caso ainda não tenha se deslocado, já deve se dirigir ao hospital.
A boa hora exige paciência, força e confiança. As contrações, a dilatação e o nascimento do bebê são etapas desafiadoras. Por isso a importância do auxílio de uma equipe de enfermagem cuidadosa e experiente.
Estarão também na sala de parto o obstetra e o pediatra, este último responsável por avaliar o bebê nos seus primeiros segundos fora da mãe.
Os Próximos Passos: O Pós-Parto
O corpo precisa se recuperar após o parto. É importante descansar, se alimentar bem e seguir as recomendações médicas. O pai deve auxiliar nas tarefas do dia a dia, sendo essa a melhor forma de cuidar da família em casa. Dar banho ou trocar as fraldas, por exemplo, é uma ótima oportunidade de aproveitar os primeiros dias do bebê e ainda possibilitar à mãe que tenha seus momentos de descanso e autocuidado.
Além disso, o pós-parto pode ser um período de vulnerabilidade emocional. Em alguns casos, a pressão, a exaustão e as mudanças hormonais podem levar ao “baby blues” e, em situações mais graves (e raras), à depressão pós-parto. Portanto, o apoio emocional do pai é fundamental, oferecendo suporte em quaisquer momentos de insegurança.
A amamentação inicial é um dos momentos mais desafiadores e importantes do pós-parto. O aleitamento materno fornece todos os nutrientes necessários para o bebê e fortalece o vínculo entre mãe e filho. No entanto, o início pode ser difícil, com dificuldades na pega, dor e insegurança. O apoio de profissionais e da rede de assistência familiar é essencial para que a mãe se sinta acolhida nesse processo, respeitando sempre seus limites e escolhas.
A Maternidade: Uma Jornada Para a Vida Inteira

A maternidade é uma jornada longa e desafiadora, mas também repleta de amor, alegria, aprendizado e crescimento. Cada pessoa que exerce a maternidade e cada bebê são únicos. O papel do pai, ao longo dessa caminhada, é construir laços de afeto, compartilhar responsabilidades e estar presente nos desafios e nas conquistas.
O importante é buscar informações confiáveis, contar com o apoio de uma rede de pessoas próximas e celebrar cada momento dessa experiência transformadora. A maternidade e a paternidade são vivências que se complementam, formando uma parceria essencial para o desenvolvimento saudável do bebê.
Boa hora e parabéns à família!
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