Por que vitaminas e minerais são tão importantes?
Clara Kubelka Fernandes
4 de jan. de 2023 - Leitura de
2 min
Vitaminas e minerais são substâncias importantes para que o nosso corpo se desenvolva e funcione de maneira normal e ótima. São nutrientes essenciais à nossa vida.
Esses dois grupos de nutrientes, muito abundantes no corpo humano, desempenham papeis centrais em todos os processos bioquímicos e fisiológicos do organismo, incluindo:
- Geração de energia
- Controle da pressão arterial
- Controle do açúcar no sangue
- Proteção do DNA
- Eliminação de toxinas
- Equilíbrio hormonal
- Entre muitas outras funções extremamente importantes.
As vitaminas mais conhecidas atualmente são: A, C, D, E, K; e o complexo B (B1, B2, B3, B5, B6, B12, Biotina e Folato). Entre os minerais, aqueles que são essenciais à nossa vida são: cálcio, fósforo, potássio, sódio, cloro, magnésio, ferro, zinco, iodo, enxofre, cobalto, cobre, flúor, manganês e selênio.
Uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes deve ser o principal meio pelo qual consumimos essas vitaminas e minerais, as quais estão presentes nos três grupos de macronutrientes que existem — proteínas, carboidratos e gorduras — principalmente em alimentos frescos e minimamente processados.
Mesmo a alimentação sendo essencial como fonte de nutrientes, há muito tempo, trabalhos científicos mostram que uma grande parte das pessoas não consegue ter as necessidades mínimas diárias de vitaminas e minerais alcançadas exclusivamente por meio da alimentação, mesmo que haja consumo adequado de calorias diárias.
Além disso, há diferenças na capacidade de absorção desses nutrientes, que podem estar relacionadas a fatores que variam de indivíduo para indivíduo, como genética e saúde intestinal. Sendo assim, é comum observarmos na prática casos de deficiência subclínica de nutrientes — mesmo não existindo uma doença propriamente dita — fazendo com que haja uma ineficiência dos processos fisiológicos do organismo, o que predispõe a uma gama de doenças e traz impactos à saúde no curto, médio e longo prazo.
A deficiência de magnésio é um grande exemplo da ingestão inadequada de nutrientes. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2008 a 2010, 70% da população brasileira não consome a quantidade mínima diária de magnésio necessária para manter a saúde.
O magnésio é um elemento essencial. Está envolvido em numerosos processos fisiológicos críticos, como produção de energia, síntese de proteínas, contração muscular, função nervosa, controle do açúcar no sangue, manutenção do equilíbrio hormonal, regulação da pressão arterial e síntese de RNA e DNA. A deficiência deste mineral aumenta o risco de diferentes doenças cardiovasculares e a suplementação dele pode ajudar a reduzir esse risco.
Como acontece com o magnésio, vários outros nutrientes também são encontrados em níveis subótimos na população. Por isso, realizar avaliação nutricional detalhada, levando em consideração aspectos clínicos, laboratoriais e genéticos, assim como fazer as suplementações adequadas, com certeza é uma excelente maneira de prevenirmos inúmeras doenças, além de melhorar a qualidade de vida das pessoas e proporcionar longevidade com saúde.
Veja também: Introdução à Medicina Integrativa.
Sobre a autora
Clara Kubelka Fernandes é diretora médica da Biogenetika Medicina Individualizada. Formada em Medicina integrativa no IEP Albert Einstein, Medicina da Família no Hospital Santa Marcelina e Acupuntura no Hospital das Clínicas de São Paulo.
Bibliografia:
- Dados do NIH: https://www.nccih.nih.gov/health/vitamins-and-minerals
- Subclinical and Covert Malnutrition, 1976
- Subclinical magnesium deficiency: a principal driver of cardiovascular disease and a public health crisis, 2018.
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de Orçamentos Familiares: 2008-2009. Análise Do Consumo Alimentar Pessoal No Brasil Rio de Janeiro: IBGE; 2011.