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Enxaqueca: aprenda dicas para prevenir e aliviar as crises

Enxaqueca: aprenda dicas para prevenir e aliviar as crises


É possível criar uma rotina que nos torne mais resistentes e resilientes às crises de enxaqueca. Quando sentimos uma forte dor de cabeça, tudo o que queremos é aliviar os sintomas para prosseguir tranquilamente com a nossa rotina. Saiba identificar sintomas e prevenir episódios mais severos que atrapalham o dia a dia de qualquer pessoa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a enxaqueca como uma das doenças mais incapacitantes do mundo. A tão conhecida dor latejante que, na maioria das vezes, acontece em apenas um lado da cabeça, atinge pelo menos 30 dos 212,6 milhões de brasileiros, ou seja, pelo menos 14% da população sofre com o problema.

Existem vários fatores que cooperam para desencadear a enxaqueca. Na maioria das vezes os sintomas podem ser tratados de forma bem simples. Quer saber mais sobre o assunto? Fique com a gente nesse artigo e descubra como lidar com essa doença.

Diferenças entre dor de cabeça, cefaleia e enxaqueca

A cefaleia é o nome científico para a dor de cabeça. No entanto, a enxaqueca, também conhecida como migrânea, é um dos tipos de cefaleia.

Para entender melhor, veja como identificar cada uma das patologias.

Cefaleia tensional

É uma dor que causa a sensação de cabeça pesada, apertada ou pressionada. Normalmente a intensidade é fraca ou moderada e não costuma atrapalhar na rotina de atividades.

Cefaleia em salvas

Trata-se de uma dor intensa que aparece geralmente à noite. O problema é menos frequente e atinge somente um lado dos olhos do paciente, durando apenas alguns minutos ou poucas horas.

Enxaqueca

É a dor de cabeça crônica. Normalmente se inicia com uma sensação incômoda latejante em um dos lados do crânio e vai aumentando aos poucos.

Além da dor, causa também fotofobia e fonofobia, ou seja, aversão à luz ou ao som, respectivamente. Em algumas situações o paciente pode ficar com a visão turva ou até mesmo ter náuseas e vômitos.

De acordo com o neurologista e especialista em cefaleia pelo Instituto de Neurologia de Curitiba Dr. Paulo Faro, a enxaqueca é uma doença causada por fatores genéticos e pode ser desencadeada por uma série de gatilhos. Entre eles estão o estresse emocional, menstruação, alimentação e até problemas com o sono.

Fases e sintomas da enxaqueca

Mulher sentada de lado no sofá com a mão no pescoço e expressão de dor.

As crises de enxaqueca possuem algumas fases distintas e saber identificá-las ajuda no tratamento. Veja quais são e os principais sintomas de cada uma delas.

Premonitória ou Pródromo

A fase premonitória é quando um episódio se inicia. É a fase da pré-enxaqueca. Cerca de 30 a 40 % das pessoas com enxaqueca passam por esse estágio.

Nesse momento o paciente já pode prever uma crise mais aguda e é importante que já esteja preparado com técnicas de relaxamento e terapias que ajudem a aliviar a dor.

Os sintomas mais comuns dessa fase são:

  • Fadiga
  • Insônia
  • Náuseas
  • Diarreia
  • Obstipação
  • Irritabilidade
  • Bocejos constantes
  • Aumento da sede
  • Alterações de humor
  • Sentimentos depressivos
  • Sensibilidade à luz e ao som
  • Dificuldade de concentração
  • Rigidez muscular, especialmente no pescoço e ombros

Aura

Esta fase atinge pelo menos um terço das pessoas que sofrem com a enxaqueca.

Aparece conforme a crise avança e pode durar de 5 minutos a 1 hora. Além disso, serve como um alerta para um forte episódio que está por vir.

Os sintomas mais comuns são:

  • Perda de visão
  • Visão embaçada
  • Luzes piscantes ou cintilantes
  • Aparecimento de padrões geométricos
  • Pontos cegos em um ou nos dois olhos

Crise de enxaqueca

É a fase da forte dor de cabeça. Neste ponto as dores aparecem em um ou dois lados e pode durar diversas horas ou, até, dias.

O sintoma pode ser leve ou intenso, variando de pessoa para pessoa. Neste estágio, a dor pode até deixar o paciente debilitado e inclui sintomas como:

  • Náusea
  • Ansiedade
  • Confusão
  • Tontura
  • Visão turva
  • Piora com atividade física
  • Incapacidade de dormir
  • Sensibilidade a som, luz e cheiro
  • Dor latejante e pulsante geralmente de um lado, mas pode ocorrer em ambos os lados da cabeça

Resolução ou Pósdromo

Essa é a fase pós-enxaqueca mas pode ser debilitante também. Muitas pessoas relatam uma sensação de “ressaca” após a crise. Os sintomas duram algumas horas ou dias e os mais comuns desse estágio são:

  • Fadiga
  • Tontura
  • Dores no corpo
  • Sensibilidade à luz
  • Dificuldade de concentração
  • Diminuição da capacidade cognitiva

O que fazer durante uma crise?

Médica com uma das mãos segurando uma prancheta e a outra sobre o ombro de uma paciente.

As primeiras fases da enxaqueca são cruciais para que o paciente perceba uma crise por vir. Nesse momento é importante já se preparar.

O ideal é consultar com um médico de confiança para que a melhor forma de tratar seja orientada. Existem técnicas específicas para cada caso, que podem ser com medicamentos ou terapias alternativas.

Além disso, o paciente também pode praticar algumas outras técnicas simples para ajudar a controlar ou amenizar a dor:

  • Aplicar compressas frias ou mornas
  • Fazer massagem na cabeça
  • Tomar cafeína
  • Ter o hábito de manter boas noites de sono
  • Tomar chás
  • Fazer refeições leves
  • Manter-se hidratado

Como prevenir a enxaqueca

Prevenir é sempre um trabalho em conjunto. De um lado, precisamos criar e manter hábitos que reduzam riscos, do outro precisamos do apoio de um especialista para conhecermos em detalhes as necessidades e limites de nosso corpo.

No entanto, algumas estratégias podem ajudar na prevenção da patologia de forma geral:

  • Cuide da alimentação: evite pular refeições e procure fazer uma alimentação balanceada.
  • Pratique exercícios físicos: a atividade física é uma ótima forma de prevenir diversas doenças. No entanto, você precisa estar atento a como corpo reage com os exercícios.
  • Reduza o estresse: meditar e fazer coisas que gosta ajudam a aliviar o estresse do dia a dia e prevenir a enxaqueca.
  • Melhore o sono: estabeleça horários regulares para dormir. Cochilos com mais de 20 a 30 minutos podem interferir no sono noturno. Além disso, cuidado com a ingestão noturna de alimentos como cafeína e nicotina, que interferem no sono.
  • Atenção ao clima: mudanças no clima podem afetar suas crises de enxaqueca. Fique atento, pois se o clima estiver desconfortável para você, talvez seja melhor não sair de casa.

Enquanto cada pessoa investe em melhorias para sua própria qualidade de vida, um médico especialista auxilia no busca pelo motivo das crises e como mitigá-las. Esta consulta é essencial para saber qual a forma personalizada de prevenir ou saber manejar o problema.

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