Exames de diabetes: como entender os sintomas e tratamentos
Equipe NSaúde
12 de dez. de 2022 - Leitura de
5 min
O diabetes é gerado pela insuficiência ou má absorção de insulina, hormônio responsável por regular a glicose (açúcar) no sangue e produzir energia ao organismo. Para entender como funciona o exame de diabetes, é preciso compreender alguns conceitos básicos da doença e as suas consequências no corpo humano.
Vale ressaltar que a insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de açúcar e, assim, transformá-las em energia para manutenção das células. Por isso, o seu mau regulamento é muito perigoso para a saúde como um todo, afetando, principalmente, o coração, as artérias, os olhos, os rins e os nervos.
Em estatísticas compartilhadas pela Sociedade Brasileira de Diabetes, no Brasil, atualmente existem mais de 13 milhões de pessoas acometidas pela doença (quase 7% da população total). Em casos mais graves, o diabetes pode levar o paciente à morte, então vale a pena se informar sobre o tratamento e exame de diabetes.
Quais são os tipos de diabetes?
Apesar da doença se apresentar de formas distintas, é possível estabelecer alguns fatores de semelhanças entre os casos clínicos. Assim, especialistas vêm categorizando os tipos de diabetes e os tratamentos mais eficazes para cada uma deles. Conheça, agora, os tipos mais comuns:
- Diabetes Tipo 1: doença crônica não transmissível e hereditária, que representa entre 5 e 10% da população nacional de diabéticos. A manifestação pode acontecer na infância, adolescência ou fase adulta. A causa é desconhecida, mas pode ser prevenida através de hábitos de vida saudáveis.
- Diabetes Tipo 2: doença relacionada ao aproveitamento inadequado da insulina produzida pelo corpo. Cerca de 90% da população diabética do Brasil é acometida por este tipo. Sobrepeso, sedentarismo, hipertensão e hábitos alimentares desregulados são as principais causas.
- Diabetes LADA (Latente Autoimune do Adulto): doença que representa o agravamento do Diabetes Tipo 2, atingindo majoritariamente pessoas adultas. O organismo desenvolve um processo autoimune e começa a atacar as próprias células do pâncreas.
- Diabetes Gestacional: como o próprio nome diz, é uma doença temporária durante a gravidez, quando as taxas de açúcar no sangue sobem muito mais do que o normal. O exame de diabetes é fundamental para qualquer gestante durante o período de pré-natal. Afeta cerca de 4% de todas as mulheres grávidas.
- Pré-diabetes: situação quando os níveis de glicose estão desregulados, mas não o suficiente para enquadrar o paciente nos outros tipos de diabetes. Basicamente, é um sinal de alerta que o corpo dá. Hábitos alimentares saudáveis e prática de exercícios físicos podem reverter o quadro.
Quais são os sintomas de diabetes?
Um dos sintomas mais comuns é a fome excessiva, além de sentir muita sede e vontade urinar várias vezes durante o dia. Porém, existem alguns outros sinais que costumam aparecer em tipos de diabetes específicos. Confira os principais sintomas de Diabetes Tipo 1 e Tipo 2, de acordo com o Ministério da Saúde:
Diabetes Tipo 1:
- Perda de peso
- Fraqueza
- Fadiga
- Mudanças de humor
- Náusea e vômito
Diabetes Tipo 2:
- Formigamento nos pés e nas mãos
- Infecções frequentes na bexiga, nos rins e na pele
- Feridas que demoram para cicatrizar
- Visão embaçada
Lembre-se que a qualquer sintoma ou suspeita, procure imediatamente o suporte de um médico especializado. É importante fazer o exame de diabetes e entender o seu caso clínico, sem se automedicar ou acreditar em mitos e inverdades sobre a doença. Cuide da sua saúde, cuide de você.
Sobre os fatores de risco, o que deve ser levado em consideração?
Além da genética (hereditariedade) e o estilo de vida, o diabetes também pode ser desenvolvido de outras formas. Por isso, é importante sempre manter acompanhamento com um médico de confiança, em todas as fases da sua vida.
- Diagnóstico e sintomas de pré-diabetes
- Pressão alta
- Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue
- Sobrepeso (principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura)
- Pais, irmãos ou parentes próximos com diabetes
- Doenças renais crônicas
- Mulheres que deram à luz a crianças com mais de 4 kg
- Diabetes gestacional
- Síndrome de Ovários Policísticos
- Diagnóstico de distúrbios psiquiátricos (esquizofrenia, depressão e transtorno bipolar)
- Apneia do sono
- Uso de medicamentos da classe dos glicocorticóides
Tratamento para diabetes
O tratamento para diabetes varia de acordo com as características da doença e especificidades de cada caso clínico. Para o Tipo 1, o diabetes hereditário, injeções de insulina devem ser aplicadas diariamente para regular os valores de glicose no sangue, seja pelo próprio paciente ou, em alguns casos, com suporte de um especialista médico.
Por isso, para o tratamento de Diabetes Tipo 1, é sempre recomendado possuir um glicosímetro, aparelho que tem a função de medir a concentração exata de glicose no sangue do paciente. Também é possível incluir medicamentos via oral, de acordo com a análise médica de cada caso.
De acordo com orientações médicas, os melhores locais para a aplicação de insulina são: barriga, coxa, braço, região da cintura e glúteo. Isto porque a camada de células de gordura logo abaixo da pele tem mais eficiência para seguir o tratamento com sucesso.
Quanto ao tratamento para Diabetes Tipo 2, aquela que provém de hábitos de vida mal regulados, é indicado fazer um acompanhamento rotineiro com um médico de confiança. Mas, além disso, é necessário identificar o grau de necessidade de cada paciente e, assim, iniciar uma das três técnicas recomendadas pelo Ministério da Saúde:
- Inibidores de alfaglicosidase: impedem a digestão e absorção de carboidratos no intestino.
- Sulfonilureias: estimulam a produção pancreática de insulina pelas células.
- Glinidas: agem estimulando a produção de insulina pelo pâncreas.
O Sistema Único de Saúde (SUS), oferece seis medicamentos de forma gratuita para tratar diabetes a partir de parcerias com farmácias credenciadas. Os pacientes acometidos pela doença também podem receber acompanhamento médico pela Atenção Básica, o programa de atendimento inicial do SUS.
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Teste de tolerância à glicose
Um grande aliado na detecção precoce e tratamento da doença é o teste de tolerância à glicose, realizado via oral. Acontece em duas fases: após oito horas de jejum e após duas horas de ingestão de um líquido glicêmico específico, sendo possível detectar também a pré-diabetes.
Em conjunto com o teste de tolerância à glicose, o exame de glicemia é uma técnica com o objetivo de verificar a quantidade de açúcar presente na corrente sanguínea. Isto quer dizer que ele verifica tanto a quantidade excessiva (hiperglicemia) quanto a quantidade escassa (hipoglicemia) de glicose no sangue.
Desta forma, complementando os resultados dos dois testes e a própria análise médica do histórico de saúde do paciente, é possível entender com mais propriedade quais são as especificações do caso clínico e, assim, como seguir com o tratamento mais eficiente.
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