Bem-Estar

Os pilares que sustentam o bem-estar no trabalho (e na vida).

Os pilares que sustentam o bem-estar no trabalho (e na vida).

A saúde do trabalho está diretamente relacionada aos principais indicadores de bom desempenho nos negócios, recebendo grande atenção e investimento das empresas.

Por isso, todo gestor precisa estar atento aos resultados positivos do faturamento, mas também em como está o bem-estar do time. Afinal, essas duas coisas muitas vezes andam juntas.

Quem trabalha com Gestão de Pessoas e Recursos Humanos sabe que alguns dados são mais importantes do que outros na análise da saúde integral no trabalho.

O maior problema, no entanto, é ter esses dados na ponta da língua. Quando falamos exclusivamente de dados anonimizados, que não identificam indivíduos, poucas empresas conseguem responder às perguntas abaixo em menos de 5 minutos:

  • Quantos colaboradores precisam de assistência para tratar hipertensão arterial?
  • Quantos gostariam de ajuda para tratar obesidade?
  • Quantos praticam atividades físicas ou outros hábitos saudáveis regularmente?
  • A incidência de depressão está mais alta do que a média?

A capacidade de identificar rapidamente estes e outros riscos à saúde — sem invadir a privacidade de ninguém — é o novo superpoder do gestor empresarial que se preocupa com o seu time. Pois ajuda a empresa a implantar programas de bem-estar que vão impactar positivamente na vida real de todos e de cada um.

O ideal é ter um retrato global da saúde dos colaboradores sempre quando necessário. Por isso, é interessante priorizar os três pilares abaixo na análise do bem-estar na empresa:

  • Hábitos de vida;
  • Alimentação Saudável;
  • Saúde Mental.

Neste artigo vamos explicar a importância de cada um deles. Mas, primeiro, vamos falar um pouco como a empresa pode, e muitas vezes deve, participar mais ativamente no planejamento de saúde de seu time.

A influência do trabalho na saúde (e vice-versa)

Saúde corporativa: homem responde a mensagens no computador enquanto segura bebê no colo.

O trabalho que exercemos é parte integrante da nossa identidade. Para muitos, é até difícil responder rapidamente a pergunta "Quem é você?" sem mencionar as atividades que fazem na vida profissional.

Mesmo que isso seja um fato, todo mundo sabe que ao longo da vida é preciso conquistar mais equilíbrio entre atividades profissionais e pessoais. Se as responsabilidades do trabalho ocupam praticamente todo o nosso tempo acordados, provavelmente algumas coisas importantes da vida pessoal estão ficando desassistidas.

Work-life Balance e Work-life Integration

Os termos work-life balance e work-life integration — equilíbrio vida-trabalho e integração vida-trabalho, respectivamente — foram criados justamente para conseguirmos observar melhor como estamos nivelando esses dois importantes aspectos da nossa existência.

Em um artigo em inglês publicado pela Câmara Americana do Comércio equilíbrio vida-trabalho é descrito como "priorizar igualmente as demandas do trabalho e da vida fora dele." Em outras palavras, há fronteiras claras entre o que é uma atividade profissional e o que é uma atividade pessoal. O que é do primeiro acontece apenas durante o tempo de trabalho.

Já a integração vida-trabalho pretende aproximar mais ambos os aspectos, evitando criar uma ideia de competição entre eles. Ao invés de criar fronteiras claras entre o tempo no trabalho e o tempo dedicado a questões pessoais, o objetivo é executar essas responsabilidades de uma forma que elas coexistam e prosperem melhor juntas do que fariam isoladamente.

Cada indivíduo tem suas próprias preferências em relação ao que é melhor para si mesmo: equilibrar ou integrar. Já a cultura organizacional da empresa, no entanto, sempre terá influência sobre a facilidade ou dificuldade para os seus colaboradores tomarem essa decisão.

Nossa saúde não respeita fronteiras

Os eventos positivos e negativos que ocorrem na vida pessoal podem ter efeitos na vida profissional. E vice-versa. Nesse aspecto, um dos principais assuntos que não respeitam a fronteira entre um âmbito e outro é a nossa saúde.

Os detalhes sobre a saúde podem ser privados e pessoais, mas tudo o que fazemos na vida tem influência sobre ela — que, por sua vez, influencia o que fazemos. Inclusive, obviamente, trabalhar.

Não é à toa que no Brasil e em muitos outros países do mundo as empresas oferecem assistência à saúde aos seus funcionários. Para uns é um benefício, para outros é até uma obrigação. Para todos é uma necessidade.

Em muitos casos, a decisão por oferecer um convênio de saúde empresarial dependia quase que exclusivamente do custo. Nos últimos anos, no entanto, empresas começaram a buscar soluções de saúde corporativa que tragam também benefícios reais à saúde do time.

Para que esses benefícios cheguem mesmo até os colaboradores é inevitável que haja uma parceria entre eles e suas empresas, com a operadora de saúde intermediando para garantir o melhor resultado para todos.

Questões de saúde não tem hora e local para acontecer e podem influenciar todos os aspectos da vida. Quando elas acontecem em decorrência do trabalho, a empresa precisa dar suporte ao funcionário. Quando acontecem fora da vida profissional, a empresa precisa estar preparada para os efeitos que podem ter em sua força de trabalho e produtividade.

Aqui o ciclo se fecha e retornamos ao título deste artigo: os pilares para o bem-estar no trabalho e, claro, na vida.

Parceria no planejamento de saúde

Saúde corporativa: Mulher faz atividade física durante trabalho remoto.

A pergunta é: como gestores de talentos e profissionais de recursos humanos podem criar uma cultura de cuidado em suas organizações?

Primeiro é preciso respeitar a privacidade de todos. Não é só uma questão moral, mas legal também. Dados de saúde são sensíveis e devem ser tratados como sugere o nome: com sensibilidade e cuidado. Uma forma de garantir isso é focando em dados anonimizados: ao mesmo tempo que garantem privacidade de indivíduos, são uma ferramenta poderosa para executar ações que farão diferença real no planejamento da saúde de todos.

Depois, ao invés de criar obrigações, é recomendado promover programas internos com incentivos positivos para que o colaborador cuide bem da saúde. Assim, pode gerar engajamento de quem tem interesse em evoluir em conjunto. Ninguém quer um time que só participe para assinar a lista de presença.

A ideia é promover uma cultura virtuosa de integração vida-trabalho. É mais fácil falar do que fazer, claro. Mas como não vamos publicar — ainda — um manual sobre programas de saúde corporativa, decidimos ajudar com informações.

Veja agora os temas de saúde com mais potencial para fazer uma diferença positiva nessa parceria entre empregador e empregados.

Hábitos de vida

Um hábito é um comportamento regular que já não exige muito do nosso esforço para ser executado.

Hábitos saudáveis promovem saúde e bem-estar: como se exercitar, ter uma dieta saudável, dormir bem, socializar com os amigos e criar oportunidades de lazer em família.

Criar novos hábitos saudáveis pode ser bem difícil. Por isso, é preciso seguir algumas recomendações que tornam essa mudança de atitude mais fácil de conquistar: simplificar a escolha e torná-la atrativa.

As ações necessárias para criar um novo comportamento precisam ser simples de realizar, estarem sempre à mão. Como passamos boa parte do nosso dia no trabalho, a empresa tem muitas oportunidades para ajudar nesse aspecto. Uma mudança importante é até simples de executar: melhorar o contexto e o ambiente onde tomamos decisões.

Se beber mais água é bom para a saúde, ela deve ser fácil de acessar. Se exercícios são importantes para nosso vigor físico, porque não torná-los parte de um programa que engaja os colaboradores em atividades regularmente?

O mesmo raciocínio pode ser usado para evitar que hábitos ruins para a saúde ocorram no ambiente de trabalho. Pode até ser uma delícia comer salgadinhos gordurosos, mas é uma ótima ideia tornar o acesso a eles mais difícil. Não é proibir, é não incentivar.

Com dados valiosos sobre o estado de saúde global da força de trabalho, decidir que mudanças farão mais diferença no bem-estar do time é, de fato, um superpoder.

O ideal é se concentrar apenas em hábitos que realmente melhoram a vida, para desfrutar dos benefícios que virão: mais energia, sistema imunológico mais forte, bom humor e longevidade. Em casa e no trabalho.

Alimentação Saudável

Saúde e dieta estão claramente correlacionadas com melhor produtividade.

Um estudo conduzido por pesquisadores da Health Enhancement Research Organization (HERO) revelou que escolhas de estilo de vida não saudáveis ​​podem resultar em perdas substanciais de tempo de trabalho produtivo.

Especificamente, o estudo mostra que os funcionários com uma dieta pouco saudável eram 66% mais propensos a sofrer uma perda de produtividade do que aqueles que comiam regularmente grãos integrais, frutas e vegetais.

Saúde mental

Apoiar a saúde mental no local de trabalho é uma necessidade. Ainda mais em uma época em que o local de trabalho pode ser até a casa do colaborador.

Os níveis de estresse e depressão aumentaram nos últimos anos. Empresas mais atentas já perceberam que é preciso ser mais proativo em identificar e acolher quem precisa de suporte psicológico.

Tornou-se uma obrigação criar programas de bem-estar para ajudar os funcionários a prosperarem em momentos de fragilidade.

Da mesma forma, os colaboradores também podem incentivar e ajudar seus empregadores a oferecerem programas que tragam mais equilíbrio — ou integração — entre a vida profissional e pessoal.

Não é segredo que os fatores de risco relacionados ao trabalho podem afetar negativamente a saúde mental. Veja, por exemplo, como ela pode estar afetando a produtividade na sua empresa:

O impacto da saúde mental nos negócios da empresa. Fonte AON.

Assim como ocorre com a saúde mental, podemos concluir que alimentação inadequada e hábitos ruins têm efeitos deletérios para nossa vida pessoal e profissional.

O objetivo deste artigo é promover parcerias mais eficientes entre empresas e colaboradores no planejamento de saúde. Depois da família, o trabalho é uma das principais fontes de propósito que temos na vida. A nossa saúde influencia como atuamos em ambos.

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